Parte 40 - O caso mais comentado do hospital

Antes, veja o resumo das postagens anteriores (ou vá direto à postagem no final):
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Minha mama começou a sangrar espontaneamente: Parte 1
Os primeiros médicos não encontravam a causa do sangramento enquanto ele aumentava: Parte 2
Algumas pessoas, na tentativa de ajudar, acabavam atrapalhando: Parte 3
Mais 4 médicos não conseguiram diagnosticar o meu problema: Parte 4
Veja o que os planos de saúde são capazes de fazer para atrapalhar o seu tratamento: Parte 5
O último médico decidiu fazer uma cirurgia e eu resolvi procurar uma segunda opinião: Parte 6
A médica-anjo pediu outra ultrassonografia, mas o resultado foi que tudo estava normal: Parte 7
Aconteceu a coisa mais importante e surpreendente de todo o meu tratamento: Parte 8
A médica-anjo pediu uma ressonância e uma nova citologia e me encaminhou para o 8º médico: Parte 9
Depois de muita luta consegui a autorização para a ressonância: Parte 10
A ressonância só mostrou um a área estranha: Parte 11
A médica-anjo indicou que eu fizesse uma cirurgia com o médico grosso: Parte 12
Deus fez mais um milagre e minha médica indicou que eu fizesse uma Core Biopsy: Parte 13
O médico grosso se negou a prescrever a Core Biopsy: Parte 14
Resolvi pagar pela Core Biopsy: Parte 15
Fiz a Core Biopsy: Parte 16
Descobri que tinha câncer e fiquei desesperada: Parte 17
Confirmei com a médica que eu tinha mesmo câncer e continuei desesperada: Parte 18
Encontrei meu namorado, contei aos meus pais e me despedi da vida: Parte 19
Lembrei que Deus tem um propósito para tudo, fui para uma festa e me diverti: Parte 20
Superando a notícia: Parte 21
Minha cirurgia será radical: Parte 22
Desabafei a dor em lágrimas: Parte 23
Desabafei com amigas e voltei ao trabalho para esquecer: Parte 24
Fui me preparando para a cirurgia, pesquisando sobre reconstruções e me acalmando ao ver plásticas perfeitas: Parte 25
No dia anterior a cirurgia fiz dois exames: uma linfocintilografia e um agulhamento: Parte 26
Finalmente me internei e passei a noite muito nervosa: Parte 27
Levaram-me para a cirurgia: Parte 28
Fiquei um tempo esperando no corredor do bloco cirúrgico: Parte 29
Entrei na sala de cirurgia e apaguei com a anestesia: Parte 30
Na volta da anestesia senti frio e era difícil me manter acordada: Parte 31
Falava dormindo e continuava sem conseguir ficar acordada: Parte 32
Recebi visitas da minha médica, meu pai, meu namorado e algumas amigas: Parte 33
Estava cada vez mais agitada e querendo me levantar. Lutei para fazer xixi e evitar a sonda: Parte 34
Tomei uma sopa com cuidado para não ficar enjoada, levantei e finalmente fiz xixi: Parte 35
Tomei o restante da sopa e estava me sentindo muito bem: Parte 36
Cuidei bastante do dreno e tentei movimentar o braço: Parte 37
Não tive coragem de ver a troca de curativos: Parte 38
Preocupei-me com o dreno, recebi visitas e fiquei sabendo das histórias de quando eu estava anestesiada: Parte 39
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Nesse dia eu já percebi também a rotina de surpresa das enfermeiras quando iam me visitar. Ela sempre se surpreendiam e me perguntavam “você é paciente?” ou “você tirou só um nódulo, não foi?” e sempre perguntavam “você tem quantos anos? Tem filhos? É casada?”. E eu sempre respondia que tinha sido um câncer, que havia retirado toda a minha mama, que não tinha filhos nem era casada, mas que tinha um ótimo namorado. Eu já estava me acostumando com esse espanto de todos, até que a médica da paciente que dividia o quarto comigo chegou para vê-la. Ela me cumprimentou com uma “boa tarde” quase sem olhar para mim, mas logo em seguida, espantada, olhou de novo para mim e disse:
- Quantos anos você tem?
- Tenho 26.
- Mas você fez cirurgia de quê?
- Não, câncer de mama.
- Ah, já sei quem você é. Você é o caso mais comentado desse hospital.

“Meu nome é Bond, James Bond” ( 007 )
Eu achei engraçado e fiquei rindo. Ela me deu muito apoio, disse que depois eu poderia reconstruir minha mama e tudo ficaria bem. Eu só fiquei sem saber se eu era tratada com tanta atenção naquele hospital porque as coisas eram mesmo assim ou se era porque muitos médicos e enfermeiros estavam curiosos para me ver. Independente do motivo, eu estava sendo muito bem tratada naquele hospital.
Nessa tarde, foram me visitar meu irmão com sua namorada, meu pai, minha madrinha, minha tia, minha amiga policial e meu namorado. Eu ficava muito feliz com as visitas. Era a hora de pensar em outra coisa que não fosse cirurgia e recuperação.
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