Parte 26 - Os Exames Pré-Cirúrgicos e a Ajuda das Pessoas

Antes, veja o resumo das postagens anteriores (ou vá direto à postagem no final):

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Minha mama começou a sangrar espontaneamente: Parte 1

Os primeiros médicos não encontravam a causa do sangramento enquanto ele aumentava: Parte 2

Algumas pessoas, na tentativa de ajudar, acabavam atrapalhando: Parte 3

Mais 4 médicos não conseguiram diagnosticar o meu problema: Parte 4

Veja o que os planos de saúde são capazes de fazer para atrapalhar o seu tratamento: Parte 5

O último médico decidiu fazer uma cirurgia e eu resolvi procurar uma segunda opinião: Parte 6

A médica-anjo pediu outra ultrassonografia, mas o resultado foi que tudo estava normal: Parte 7

Aconteceu a coisa mais importante e surpreendente de todo o meu tratamento: Parte 8

A médica-anjo pediu uma ressonância e uma nova citologia e me encaminhou para o 8º médico: Parte 9

Depois de muita luta consegui a autorização para a ressonância: Parte 10

A ressonância só mostrou um a área estranha: Parte 11
A médica-anjo indicou que eu fizesse uma cirurgia com o médico grosso: Parte 12
Deus fez mais um milagre e minha médica indicou que eu fizesse uma Core Biopsy: Parte 13
O médico grosso se negou a prescrever a Core Biopsy: Parte 14
Resolvi pagar pela Core Biopsy: Parte 15

Fiz a Core Biopsy: Parte 16
Descobri que tinha câncer e fiquei desesperada: Parte 17
Confirmei com a médica que eu tinha mesmo câncer e continuei desesperada: Parte 18
Encontrei meu namorado, contei aos meus pais e me despedi da vida: Parte 19
Lembrei que Deus tem um propósito para tudo, fui para uma festa e me diverti: Parte 20
Superando a notícia: Parte 21
Minha cirurgia será radical: Parte 22
Desabafei a dor em lágrimas: Parte 23
Desabafei com amigas e voltei ao trabalho para esquecer: Parte 24
Fui me preparando para a cirurgia, pesquisando sobre reconstruções e me acalmando ao ver plásticas perfeitas: Parte 25
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Meu namorado me deu muita segurança, pois eu passei a me sentir fracassada como mulher. Uma mulher sem um seio, deformada, era assim que eu me sentia, em momentos de loucura eu imaginava que talvez ele pudesse me deixar por causa disso. Mas ele me amava e essa doença era um motivo para ele se unir ainda mais a mim. Eu me emociono com tanto apoio e amor.

 As minhas amigas também me surpreenderam. Elas procuravam o tempo todo motivos para que eu ficasse melhor. Se o problema era quimioterapia que fazia cair os cabelos, elas pesquisavam por perucas, lenços, chapéus. Todas as notícias positivas sobre câncer elas me enviavam. Esse apoio todo foi essencial, pois meus pais ficaram tão mal, se não piores, do que eu. Mesmo assim, o que meus pais podiam fazer por mim eles faziam. Até mesmo compraram lençóis, colchão e lustre, pois sabiam que eu ficaria de cama por um tempo. Compravam e faziam comidinhas que eu gostava. Conseguiam me mimar com tudo que podiam. E eu deixava que eles me mimassem, pois era a única coisa que eles podia fazer para me ajudar  e eu sabia que eles queriam muito me ajudar.

Minha internação foi no dia 30 de maio de 2011, nesse dia tive dois exames para fazer. Ao meio dia fui com o meu pai e meu namorado fazer uma linfocintilografia, exame que indica qual é o linfonodo sentinela, para que a médica não precise esvaziar minha axila completamente, pois isso acarretaria em problemas no braço, como edemas. Esse exame foi bastante dolorido porque a substância foi injetada na auréola da minha mama que estava com câncer, mas essa dor não era nada perto da vontade de me curar. Depois disso, almocei em casa e à tarde fui, com meu pai, minha mãe e meu namorado, fazer um agulhamento do nódulo da mama que estava sem câncer. Era um nódulo provavelmente benigno, mas minha médica-anjo queria aproveitar a cirurgia para retirá-lo, já que um dia eu teria que fazer isso. Ouvi dizer que agulhamento não doía, mas acho que tive azar, pois o meu doeu bastante, mesmo com anestesia local.
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