Parte 21 - Os Dias Seguintes

Resumo das postagens anteriores:
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Minha mama começou a sangrar espontaneamente: Parte 1
Os primeiros médicos não encontravam a causa do sangramento enquanto ele aumentava: Parte 2
Algumas pessoas, na tentativa de ajudar, acabavam atrapalhando: Parte 3
Mais 4 médicos não conseguiram diagnosticar o meu problema: Parte 4
Veja o que os planos de saúde são capazes de fazer para atrapalhar o seu tratamento: Parte 5
O último médico decidiu fazer uma cirurgia e eu resolvi procurar uma segunda opinião: Parte 6
A médica-anjo pediu outra ultrassonografia, mas o resultado foi que tudo estava normal: Parte 7
Aconteceu a coisa mais importante e surpreendente de todo o meu tratamento: Parte 8
A médica-anjo pediu uma ressonância e uma nova citologia e me encaminhou para o 8º médico: Parte 9
Depois de muita luta consegui a autorização para a ressonância: Parte 10
A ressonância só mostrou um a área estranha: Parte 11
A médica-anjo indicou que eu fizesse uma cirurgia com o médico grosso: Parte 12
Deus fez mais um milagre e minha médica indicou que eu fizesse uma Core Biopsy: Parte 13
O médico grosso se negou a prescrever a Core Biopsy: Parte 14
Resolvi pagar pela Core Biopsy: Parte 15
Fiz a Core Biopsy: Parte 16
Descobri que tinha câncer e fiquei desesperada: Parte 17
Confirmei com a médica que eu tinha mesmo câncer e continuei desesperada: Parte 18
Encontrei meu namorado, contei aos meus pais e me despedi da vida: Parte 19
Lembrei que Deus tem um propósito para tudo, fui para uma festa e me diverti: Parte 20
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Depois de acordar fomos para a minha casa, pois quando estou mal eu sempre prefiro ficar em casa. Era quinta-feira santa. Meus pais haviam viajado e eu achei ótimo, pois eu preferia mesmo ficar sozinha. Minha mãe não está conseguindo ficar forte e acaba me deixando mais triste ainda. Acho que por isso que o meu pai decidiu viajar com ela. Apesar da tristeza eu precisava contar para as minhas amigas-irmãs, mas eu não tinha coragem de falar. Tocar no assunto me dava vontade de chorar ainda mais. Essa quinta-feira ainda foi péssima. Fiquei na companhia do meu namorado que me consolava e me fazia rir de vez em quando. Ele não se contentava enquanto eu não sorria e isso era ótimo para mim. Eu não sou o tipo de doente que gosta de ficar triste e sozinha. Então eu sempre procuro esquecer o que me dá tristeza e me distrair com outras coisas. E muitas vezes eu conseguia uma boa gargalhada entre as lágrimas. Foi o que eu fiz essa semana inteira.

E assim a semana santa foi se passando. Cada dia eu chorava menos e conseguia conviver melhor com o fato da doença existir, mas a frase “eu estou com câncer” ainda soava estranho. Era difícil de dizer. Aos poucos eu fui contando para minhas amigas. E sempre pedia para que uma contasse para a outra. Era desgastante ter que contar várias vezes e ficar triste várias vezes. Felizmente todas as minhas amigas me deram muita força e se dispuseram a estar sempre ao meu lado para o que eu precisasse. Quando o domingo de páscoa chegou, eu estava bem melhor. Senti que Deus tinha planejado essa penitência para minha semana santa. Eu realmente carreguei uma cruz muito pesada, me sentir morrer e nascer de novo. E nesse domingo, parecia que eu tinha renascido, assim como Jesus.

Felizmente toda essa dor é passageira. E não há a menor necessidade de me despedir. Graças a Deus eu tive um namorado e várias amigas que me deram muita força. Estiveram ao meu lado em todos os momentos, me acalmando, me fazendo ser positiva e ter esperança. Minha família nesse momento nem pôde me ajudar, pois eles estavam tão mal quanto eu.
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