Parte 59 - Mais reações da quimio

Antes, veja o resumo das postagens anteriores (ou vá direto à postagem no final):
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Minha mama começou a sangrar espontaneamente: Parte 1
Os primeiros médicos não encontravam a causa do sangramento enquanto ele aumentava: Parte 2
Algumas pessoas, na tentativa de ajudar, acabavam atrapalhando: Parte 3
Mais 4 médicos não conseguiram diagnosticar o meu problema: Parte 4
Veja o que os planos de saúde são capazes de fazer para atrapalhar o seu tratamento: Parte 5
O último médico decidiu fazer uma cirurgia e eu resolvi procurar uma segunda opinião: Parte 6
A médica-anjo pediu outra ultrassonografia, mas o resultado foi que tudo estava normal: Parte 7
Aconteceu a coisa mais importante e surpreendente de todo o meu tratamento: Parte 8
A médica-anjo pediu uma ressonância e uma nova citologia e me encaminhou para o 8º médico: Parte 9
Depois de muita luta consegui a autorização para a ressonância: Parte 10
A ressonância só mostrou um a área estranha: Parte 11
A médica-anjo indicou que eu fizesse uma cirurgia com o médico grosso: Parte 12
Deus fez mais um milagre e minha médica indicou que eu fizesse uma Core Biopsy: Parte 13
O médico grosso se negou a prescrever a Core Biopsy: Parte 14
Resolvi pagar pela Core Biopsy: Parte 15
Fiz a Core Biopsy: Parte 16
Descobri que tinha câncer e fiquei desesperada: Parte 17
Confirmei com a médica que eu tinha mesmo câncer e continuei desesperada: Parte 18
Encontrei meu namorado, contei aos meus pais e me despedi da vida: Parte 19
Lembrei que Deus tem um propósito para tudo, fui para uma festa e me diverti: Parte 20
Superando a notícia: Parte 21
Minha cirurgia será radical: Parte 22
Desabafei a dor em lágrimas: Parte 23
Desabafei com amigas e voltei ao trabalho para esquecer: Parte 24
Fui me preparando para a cirurgia, pesquisando sobre reconstruções e me acalmando ao ver plásticas perfeitas: Parte 25
No dia anterior a cirurgia fiz dois exames: uma linfocintilografia e um agulhamento: Parte 26
Finalmente me internei e passei a noite muito nervosa: Parte 27
Levaram-me para a cirurgia: Parte 28
Fiquei um tempo esperando no corredor do bloco cirúrgico: Parte 29
Entrei na sala de cirurgia e apaguei com a anestesia: Parte 30
Na volta da anestesia senti frio e era difícil me manter acordada: Parte 31
Falava dormindo e continuava sem conseguir ficar acordada: Parte 32
Recebi visitas da minha médica, meu pai, meu namorado e algumas amigas: Parte 33
Estava cada vez mais agitada e querendo me levantar. Lutei para fazer xixi e evitar a sonda: Parte 34
Tomei uma sopa com cuidado para não ficar enjoada, levantei e finalmente fiz xixi: Parte 35
Tomei o restante da sopa e estava me sentindo muito bem: Parte 36
Cuidei bastante do dreno e tentei movimentar o braço: Parte 37
Não tive coragem de ver a troca de curativos: Parte 38
Preocupei-me com o dreno, recebi visitas e fiquei sabendo das histórias de quando eu estava anestesiada: Parte 39
Por causa da minha idade, eu fui o caso mais comentado do hospital: Parte 40
Passei o dia ansiosa pela alta: Parte 41
Recebi alta e tive consultas uma vez por semana com a mastologista. Também iniciei a fisioterapia e fiz exames para levar ao oncologista: Parte 42
Soube que tenho a chance de não poder mais engravidar depois da quimioterapia: Parte 43
Tive que decidir entre congelar óvulos e piorar do câncer ou não congelar e talvez não poder engravidar: Parte 44
Meu namorado não se abalou com a possibilidade de infertilidade: Parte 45
Questionei Deus e marquei uma consulta com um especialista em fertilidade: Parte 46
O especialista em reprodução humana me aconselhou e não congelar óvulos: Parte 47
Tive a última consulta com minha médica-anjo, que me indicou uma especialista em fertilidade: Parte 48
O especialista me aconselhou a não congelar óvulos. Pesquisei muitos dados sobre fertilização: Parte 49
A nova especialista em fertilidade preferia ganhar dinheiro fácil do que cuidar da minha saúde: Parte 50
Decidi não congelar óvulos: Parte 51
Comprei uma prótese mamária e um sutiã especial: Parte 52
A fisioterapia me ajudava com o braço e com a aceitação do problema: Parte 53
Antes da quimio tirei minhas dúvidas com o médico: Parte 54
O oncologista me explicou todos os detalhes e as enfermeiras era muito gentis: Parte 55
Tomei a quimioterapia e só senti dor de cabeça: Parte 56
Algumas horas depois da quimio fiquei enjoada e vomitei: Parte 57
3 dias de reações da quimio: enjoo, febril, sono, dor de cabeça, indisposição, ... : Parte 58
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No dia seguinte acordei com muita moleza, um pouco de enjoo e uma dor terrível no estômago. Achei que era porque eu estava com o estômago vazio, então resolvi comer uma fruta. Foi aí que a minha dor e meu enjoo aumentaram, mas quando eu estava deitada os sintomas passavam. Fiquei deitava por um tempo e quando a dor diminuiu senti fome. Resolvi almoçar, mas não consegui comer o pouco que coloquei, pois o enjoo e a dor aumentaram. Como sempre, quando eu deitava, me sentia bem. Achei estranho um enjoo que depende da minha posição. Fiquei deitava por mais um bom tempo até o enjoo melhorar, mas só aumentava. Algumas horas depois do almoço percebi que chegaria uma hora que eu iria vomitar, então decidi comer biscoito já que eu estava com muita vontade e iria botá-lo para fora. Cada vez que eu levantava da cama sentia tontura, fraqueza e a visão ficava um pouco turva. A solução era deitar novamente. Então o meu enjoo piorou cada vez mais e eu já achava melhor vomitar do que continuar naquela situação. Coloquei o dedo na garganta para forçar o vômito, mas não veio fácil, então achei melhor não forçar.

Eu estava cansada de ficar deitada, então procurei uma posição no sofá que não fizesse o meu estômago doer. Assisti televisão para me distrair e quando a fome chegou novamente, tentei comer mais alguma coisa leve. Dessa vez o meu estômago aceitou melhor e o enjoo e a dor diminuíram. Cada vez que me dava fome eu comia um pouco e o enjoo e a dor foram diminuindo. Ao final da noite eu já estava me sentindo bem melhor, mas eu me perguntava o que tinha causado essa recaída se no dia anterior eu estava bem.

“Quem é você? Seu pior pesadelo”- No filme Rambo

No dia seguinte acordei na expectativa de não sentir dor no estômago nem enjoo, mas infelizmente eu estava sim sentindo ambos. Como eu estava com fome, decidi comer frutas, mas o enjoo e a dor aumentaram. Eu não sabia mais o que fazer e estava desconfiando que esses sintomas estavam sendo causados porque ao dormir eu passava várias horas sem comer e isso estava irritando o meu estômago. Novamente passei o dia procurando uma posição que não fizesse meu estômago doer e cada vez que eu encontrava essa posição, eu ficava paradinha com medo que a dor voltasse. O medo era tanto que eu só mudava de posição quando meu corpo ficava dormente. Eu estava bastante desanimada e triste com essa situação. Era muita dor. E era muita fome, a qual eu não podia saciar porque cada vez que a comida tocava o meu estomago, tudo piorava. Procurei ser forte e aguentar a dor. Eu me perguntava por que as pessoas diziam que só se sentiam mal com a quimioterapia por três dias e já era o sexto dia que eu estava mal. Mas mesmo assim achei que era normal, achei que os sintomas variavam de pessoa para pessoa, por isso não liguei para o meu médico. Passei metade do dia assim até que, certo momento, comi uma banana e me senti melhor. A partir daí consegui comer melhor e aproveitei para comer tudo o que vi pela frente, pois a fome era grande, mas fui dormir com medo de acordar com dor e enjoo novamente.
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