Parte 57 - Depois da quimio

Antes, veja o resumo das postagens anteriores (ou vá direto à postagem no final):
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Minha mama começou a sangrar espontaneamente: Parte 1
Os primeiros médicos não encontravam a causa do sangramento enquanto ele aumentava: Parte 2
Algumas pessoas, na tentativa de ajudar, acabavam atrapalhando: Parte 3
Mais 4 médicos não conseguiram diagnosticar o meu problema: Parte 4
Veja o que os planos de saúde são capazes de fazer para atrapalhar o seu tratamento: Parte 5
O último médico decidiu fazer uma cirurgia e eu resolvi procurar uma segunda opinião: Parte 6
A médica-anjo pediu outra ultrassonografia, mas o resultado foi que tudo estava normal: Parte 7
Aconteceu a coisa mais importante e surpreendente de todo o meu tratamento: Parte 8
A médica-anjo pediu uma ressonância e uma nova citologia e me encaminhou para o 8º médico: Parte 9
Depois de muita luta consegui a autorização para a ressonância: Parte 10
A ressonância só mostrou um a área estranha: Parte 11
A médica-anjo indicou que eu fizesse uma cirurgia com o médico grosso: Parte 12
Deus fez mais um milagre e minha médica indicou que eu fizesse uma Core Biopsy: Parte 13
O médico grosso se negou a prescrever a Core Biopsy: Parte 14
Resolvi pagar pela Core Biopsy: Parte 15
Fiz a Core Biopsy: Parte 16
Descobri que tinha câncer e fiquei desesperada: Parte 17
Confirmei com a médica que eu tinha mesmo câncer e continuei desesperada: Parte 18
Encontrei meu namorado, contei aos meus pais e me despedi da vida: Parte 19
Lembrei que Deus tem um propósito para tudo, fui para uma festa e me diverti: Parte 20
Superando a notícia: Parte 21
Minha cirurgia será radical: Parte 22
Desabafei a dor em lágrimas: Parte 23
Desabafei com amigas e voltei ao trabalho para esquecer: Parte 24
Fui me preparando para a cirurgia, pesquisando sobre reconstruções e me acalmando ao ver plásticas perfeitas: Parte 25
No dia anterior a cirurgia fiz dois exames: uma linfocintilografia e um agulhamento: Parte 26
Finalmente me internei e passei a noite muito nervosa: Parte 27
Levaram-me para a cirurgia: Parte 28
Fiquei um tempo esperando no corredor do bloco cirúrgico: Parte 29
Entrei na sala de cirurgia e apaguei com a anestesia: Parte 30
Na volta da anestesia senti frio e era difícil me manter acordada: Parte 31
Falava dormindo e continuava sem conseguir ficar acordada: Parte 32
Recebi visitas da minha médica, meu pai, meu namorado e algumas amigas: Parte 33
Estava cada vez mais agitada e querendo me levantar. Lutei para fazer xixi e evitar a sonda: Parte 34
Tomei uma sopa com cuidado para não ficar enjoada, levantei e finalmente fiz xixi: Parte 35
Tomei o restante da sopa e estava me sentindo muito bem: Parte 36
Cuidei bastante do dreno e tentei movimentar o braço: Parte 37
Não tive coragem de ver a troca de curativos: Parte 38
Preocupei-me com o dreno, recebi visitas e fiquei sabendo das histórias de quando eu estava anestesiada: Parte 39
Por causa da minha idade, eu fui o caso mais comentado do hospital: Parte 40
Passei o dia ansiosa pela alta: Parte 41
Recebi alta e tive consultas uma vez por semana com a mastologista. Também iniciei a fisioterapia e fiz exames para levar ao oncologista: Parte 42
Soube que tenho a chance de não poder mais engravidar depois da quimioterapia: Parte 43
Tive que decidir entre congelar óvulos e piorar do câncer ou não congelar e talvez não poder engravidar: Parte 44
Meu namorado não se abalou com a possibilidade de infertilidade: Parte 45
Questionei Deus e marquei uma consulta com um especialista em fertilidade: Parte 46
O especialista em reprodução humana me aconselhou e não congelar óvulos: Parte 47
Tive a última consulta com minha médica-anjo, que me indicou uma especialista em fertilidade: Parte 48
O especialista me aconselhou a não congelar óvulos. Pesquisei muitos dados sobre fertilização: Parte 49
A nova especialista em fertilidade preferia ganhar dinheiro fácil do que cuidar da minha saúde: Parte 50
Decidi não congelar óvulos: Parte 51
Comprei uma prótese mamária e um sutiã especial: Parte 52
A fisioterapia me ajudava com o braço e com a aceitação do problema: Parte 53
Antes da quimio tirei minhas dúvidas com o médico: Parte 54
O oncologista me explicou todos os detalhes e as enfermeiras era muito gentis: Parte 55
Tomei a quimioterapia e só senti dor de cabeça: Parte 56
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Depois de tomar a quimio eu não estava me sentindo mal nem bem. Eu só sentia uma dor de cabeça chata, diferente, como uma pressão, parecida com a da sinusite. Ao chegar em casa eu estava com muita fome, então decidi testar uma receita de yakisoba. Eu e meu namorado fizemos o yakisoba, que ficou muito ruim, mas mesmo assim comemos um pouco antes de desistir. Comi menos também por medo do enjoo causado pela quimioterapia. Eu já havia começado a tomar a medicação contra enjoo e alergia. Depois do jantar meu namorado e eu assistimos um pouco de televisão e como a fome persistia, resolvemos comer goiabas, mas logo no início percebi que a goiaba não estava caindo bem no meu estômago, então resolvi parar de comer. Fomos então, meu namorado e eu, dormir um pouco, mas o cochilo não durou muito, pois minhas amigas não paravam de ligar para saber se eu estava bem.

Uma conquista sem dificuldade é uma vitória sem glória.

Comecei, então, a ficar cada vez mais enjoada. Resolvi então tomar sorvete, pois uma amiga tinha me falado que era bom para aliviar o enjoo  Realmente quando tomei sorvete o enjoo passou. O que eu não esperava era que pouco tempo depois o enjoo voltaria, e dessa vez muito mais forte. Tentei tomar sorvete novamente, mas o enjoo só aumentava. Tentei chupar gelo, mas não adiantava. Comecei a andar dentro de casa de um lado para outro para tentar arrotar, mas o enjoo aumentava cada vez mais. Até que percebi que iria vomitar, então fui ao banheiro e cheguei bem na hora. Botei tudo para fora e comecei a ficar com medo que todos os dias de quimioterapia fossem assim. Depois disso tudo, esperei um tempo e depois comi uma maçã para não dormir com o estômago vazio e em seguida fui dormir.
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Próxima Postagem: Parte 58

3 comentários:

  1. Maíra, estou acompanhando seu blog em silêncio, já o li todo e achei genial essa sua ideia de relatar todos os acontecimentos em relação à essa condição. É muito difícil encontrar textos de cunho pessoal sobre o câncer, a maioria é de textos científicos, acho até que o seu blog é o primeiro que leio desse tipo.


    Sempre tive saúde delicada e sempre tive muitos nódulos nas duas mamas, já perdi até as contas. Há 12 anos, quando eu tinha 21, o médico optou por retirar um tumor que estava crescendo muito (quase do tamanho de um limão) e incomodando. Foi feita a biópsia e era benigno. Desde então acompanho com exames em intervalos regulares e sempre o mesmo: muitos nódulos que me são aconselhados a não fazer nada.

    Recentemente notei algumas mudanças. Há pouco mais de um ano minha axila esquerda (mesmo lado da cirurgia) inchou e permaneceu assim e isso nunca havia acontecido antes. Este ano, percebi uma diferença no tamanho do seio esquerdo, ele aumentou em relação ao direito, o que inclusive me fez parar de usar regatas, porque aliado o tamanho diferente do seio e o inchaço na axila, tudo é muito visível. Há uns 4 meses mais ou menos, durante o alto exame, ao apertar o mamilo surgiu uma secreção enegrecida, outras vezes avermelhada. Creio que seja sangue, mas não há derrame, só quando eu aperto o mamilo, e sempre sai pelo mesmo local (ducto).

    Procurei um médico e o idiota disse que era pra eu parar de me depilar e usar desodorante! Insisti com ele e ele passou uma US que farei esta noite, mais uma para a coleção.

    De fato, não sei o que está acontecendo, mas eu que já era relativamente acostumada com tantos nódulos, fiquei preocupada, porque tais sintomas nunca me ocorreram antes. Tenho agora 33 anos, nunca engravidei, nunca amamentei e perdi uma tia e uma prima e tenho uma outra prima que venceu a doença.

    Lendo os seus relatos de como foi difícil conseguir um diagnóstico, mesmo com plano de saúde, é mesmo preocupante (perdi o meu plano e agora estou com sus).

    Mas acima de tudo, parabéns pela força, menina! Você é muito digna!

    Beijo grande.

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    1. Querida Dea,

      minha irmã teve o ca com 20 anos, ja fez todo tratamento, e agora aguarda pra fazer a plástica reconstrutora.

      tbm acompanho esse blog, e agora q li seu comentário, espero que você, seja qual for o diagnóstico, tenha como exemplo a nossa guerreira blogueira, da mesma maneira q minha irmã... essas mulheres são guerreiras!!! Seja uma lutadora, lute pelos seus sonhos, e não deixe que nada diminua sua força de vida!
      estou na torcida por vc! fica com Deus!
      bjos

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    2. Olá Dea!

      Não se acomode por causa de médicos negligentes... corra atrás de um diagnóstico para o seu problema. Não tem como vc trocar de médico? Esse médico é mastologista? Em qual cidade você mora? A dúvida de não saber se o que a gente tem é benigno ou maligno consome a gente, mas não se deixe abater.

      Não esqueça de me dar notícias sobre a sua US, ok?
      E conte comigo para o que precisar!

      Fica com Deus!
      bjus

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