Parte 49 - Dados sobre fertilidade

Antes, veja o resumo das postagens anteriores (ou vá direto à postagem no final):
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Minha mama começou a sangrar espontaneamente: Parte 1
Os primeiros médicos não encontravam a causa do sangramento enquanto ele aumentava: Parte 2
Algumas pessoas, na tentativa de ajudar, acabavam atrapalhando: Parte 3
Mais 4 médicos não conseguiram diagnosticar o meu problema: Parte 4
Veja o que os planos de saúde são capazes de fazer para atrapalhar o seu tratamento: Parte 5
O último médico decidiu fazer uma cirurgia e eu resolvi procurar uma segunda opinião: Parte 6
A médica-anjo pediu outra ultrassonografia, mas o resultado foi que tudo estava normal: Parte 7
Aconteceu a coisa mais importante e surpreendente de todo o meu tratamento: Parte 8
A médica-anjo pediu uma ressonância e uma nova citologia e me encaminhou para o 8º médico: Parte 9
Depois de muita luta consegui a autorização para a ressonância: Parte 10
A ressonância só mostrou um a área estranha: Parte 11
A médica-anjo indicou que eu fizesse uma cirurgia com o médico grosso: Parte 12
Deus fez mais um milagre e minha médica indicou que eu fizesse uma Core Biopsy: Parte 13
O médico grosso se negou a prescrever a Core Biopsy: Parte 14
Resolvi pagar pela Core Biopsy: Parte 15
Fiz a Core Biopsy: Parte 16
Descobri que tinha câncer e fiquei desesperada: Parte 17
Confirmei com a médica que eu tinha mesmo câncer e continuei desesperada: Parte 18
Encontrei meu namorado, contei aos meus pais e me despedi da vida: Parte 19
Lembrei que Deus tem um propósito para tudo, fui para uma festa e me diverti: Parte 20
Superando a notícia: Parte 21
Minha cirurgia será radical: Parte 22
Desabafei a dor em lágrimas: Parte 23
Desabafei com amigas e voltei ao trabalho para esquecer: Parte 24
Fui me preparando para a cirurgia, pesquisando sobre reconstruções e me acalmando ao ver plásticas perfeitas: Parte 25
No dia anterior a cirurgia fiz dois exames: uma linfocintilografia e um agulhamento: Parte 26
Finalmente me internei e passei a noite muito nervosa: Parte 27
Levaram-me para a cirurgia: Parte 28
Fiquei um tempo esperando no corredor do bloco cirúrgico: Parte 29
Entrei na sala de cirurgia e apaguei com a anestesia: Parte 30
Na volta da anestesia senti frio e era difícil me manter acordada: Parte 31
Falava dormindo e continuava sem conseguir ficar acordada: Parte 32
Recebi visitas da minha médica, meu pai, meu namorado e algumas amigas: Parte 33
Estava cada vez mais agitada e querendo me levantar. Lutei para fazer xixi e evitar a sonda: Parte 34
Tomei uma sopa com cuidado para não ficar enjoada, levantei e finalmente fiz xixi: Parte 35
Tomei o restante da sopa e estava me sentindo muito bem: Parte 36
Cuidei bastante do dreno e tentei movimentar o braço: Parte 37
Não tive coragem de ver a troca de curativos: Parte 38
Preocupei-me com o dreno, recebi visitas e fiquei sabendo das histórias de quando eu estava anestesiada: Parte 39
Por causa da minha idade, eu fui o caso mais comentado do hospital: Parte 40
Passei o dia ansiosa pela alta: Parte 41
Recebi alta e tive consultas uma vez por semana com a mastologista. Também iniciei a fisioterapia e fiz exames para levar ao oncologista: Parte 42
Soube que tenho a chance de não poder mais engravidar depois da quimioterapia: Parte 43
Tive que decidir entre congelar óvulos e piorar do câncer ou não congelar e talvez não poder engravidar: Parte 44
Meu namorado não se abalou com a possibilidade de infertilidade: Parte 45
Questionei Deus e marquei uma consulta com um especialista em fertilidade: Parte 46
O especialista em reprodução humana me aconselhou e não congelar óvulos: Parte 47
Tive a última consulta com minha médica-anjo, que me indicou uma especialista em fertilidade: Parte 48
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No tempo antes da consulta com a especialista em reprodução, meu exame de receptor hormonal ficou pronto e eu tratei logo de levá-lo para o especialista em reprodução que eu já havia consultado, muito embora eu já imaginasse que ele me aconselharia a não congelar óvulos. O meu resultado dizia que, segundo o material retirado da Core-Biopsia, o meu tumor era 70% dependente de estrógeno e 5% receptor de progesterona. Então, no dia da volta ao especialista, ele me disse o que eu já esperava, que com aquelas taxas que o meu exame mostrava, ele não me aconselharia a fazer e que ele também não gostaria de fazer um procedimento que ele mesmo sabia que tinha uma alta probabilidade de não dar certo.
No dia anterior a consulta com a nova especialista, eu já havia pedido muito a Deus que me desse discernimento para escolher o que devo fazer. E já tinha lembrado que a vida era uma coisa muito preciosa que Deus me deu, então eu deveria cuidar dela. Eu também sabia que a para Deus, tudo é possível. Mas eu não queria ser aquela pessoa que Deus mandou oportunidades, mas ela não aproveitou. 

“Elementary, my dear Watson” – “Elementar , meu caro Watson” – Scherlock Holmes


Então pesquisei bastante na internet sobre reprodução humana e os efeitos dos hormônios na reincidência do câncer. Então o que percebi foi que tudo é muito incerto ainda sobre ambos os assuntos. Congelamento de tecido ovariano é uma técnica ainda experimental e provavelmente nem se faz em Recife ainda. Então eu já tinha decido não passar por uma cirurgia em troca de tão pouca chance de sucesso. Então pesquisei sobre minhas chances de sucesso com o congelamento de óvulos e encontrei 30%. Como sou estatística por formação, tratei logo de calcular o quanto esses 30% representa dos meus 20%, porque claro que só vou usar os 30% se eu cair nos 20% de chance de não poder engravidar naturalmente. E a resposta para isso é 6%, elevando meu total de chances de engravidar um dia para 86%. Comecei então a achar que um acréscimo de 6% não vale o risco de ter câncer novamente. Mesmo assim continuei pesquisando os impactos na minha saúde, caso eu tomasse hormônios e não encontrei nada que explicasse, nenhum dado, nenhuma probabilidade, nem nada sobre as dosagens hormonais. Então percebi que é tudo muito incerto. Assim como as causas do câncer são incertas, também são incertos os impactos dos hormônios. Então, sabe-se apenas que faz mal, mas não se pode afirmar o quanto. Isso era o que faltava para que eu me decidisse por não fazer o congelamento de óvulos, porém, só para não dizerem que não tentei, resolvi ir mesmo assim me consultar com a especialista em reprodução.
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