Parte 43 - A Pior de Todas as Notícias

Antes, veja o resumo das postagens anteriores (ou vá direto à postagem no final):
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Minha mama começou a sangrar espontaneamente: Parte 1
Os primeiros médicos não encontravam a causa do sangramento enquanto ele aumentava: Parte 2
Algumas pessoas, na tentativa de ajudar, acabavam atrapalhando: Parte 3
Mais 4 médicos não conseguiram diagnosticar o meu problema: Parte 4
Veja o que os planos de saúde são capazes de fazer para atrapalhar o seu tratamento: Parte 5
O último médico decidiu fazer uma cirurgia e eu resolvi procurar uma segunda opinião: Parte 6
A médica-anjo pediu outra ultrassonografia, mas o resultado foi que tudo estava normal: Parte 7
Aconteceu a coisa mais importante e surpreendente de todo o meu tratamento: Parte 8
A médica-anjo pediu uma ressonância e uma nova citologia e me encaminhou para o 8º médico: Parte 9
Depois de muita luta consegui a autorização para a ressonância: Parte 10
A ressonância só mostrou um a área estranha: Parte 11
A médica-anjo indicou que eu fizesse uma cirurgia com o médico grosso: Parte 12
Deus fez mais um milagre e minha médica indicou que eu fizesse uma Core Biopsy: Parte 13
O médico grosso se negou a prescrever a Core Biopsy: Parte 14
Resolvi pagar pela Core Biopsy: Parte 15
Fiz a Core Biopsy: Parte 16
Descobri que tinha câncer e fiquei desesperada: Parte 17
Confirmei com a médica que eu tinha mesmo câncer e continuei desesperada: Parte 18
Encontrei meu namorado, contei aos meus pais e me despedi da vida: Parte 19
Lembrei que Deus tem um propósito para tudo, fui para uma festa e me diverti: Parte 20
Superando a notícia: Parte 21
Minha cirurgia será radical: Parte 22
Desabafei a dor em lágrimas: Parte 23
Desabafei com amigas e voltei ao trabalho para esquecer: Parte 24
Fui me preparando para a cirurgia, pesquisando sobre reconstruções e me acalmando ao ver plásticas perfeitas: Parte 25
No dia anterior a cirurgia fiz dois exames: uma linfocintilografia e um agulhamento: Parte 26
Finalmente me internei e passei a noite muito nervosa: Parte 27
Levaram-me para a cirurgia: Parte 28
Fiquei um tempo esperando no corredor do bloco cirúrgico: Parte 29
Entrei na sala de cirurgia e apaguei com a anestesia: Parte 30
Na volta da anestesia senti frio e era difícil me manter acordada: Parte 31
Falava dormindo e continuava sem conseguir ficar acordada: Parte 32
Recebi visitas da minha médica, meu pai, meu namorado e algumas amigas: Parte 33
Estava cada vez mais agitada e querendo me levantar. Lutei para fazer xixi e evitar a sonda: Parte 34
Tomei uma sopa com cuidado para não ficar enjoada, levantei e finalmente fiz xixi: Parte 35
Tomei o restante da sopa e estava me sentindo muito bem: Parte 36
Cuidei bastante do dreno e tentei movimentar o braço: Parte 37
Não tive coragem de ver a troca de curativos: Parte 38
Preocupei-me com o dreno, recebi visitas e fiquei sabendo das histórias de quando eu estava anestesiada: Parte 39
Por causa da minha idade, eu fui o caso mais comentado do hospital: Parte 40
Passei o dia ansiosa pela alta: Parte 41
Recebi alta e tive consultas uma vez por semana com a mastologista. Também iniciei a fisioterapia e fiz exames para levar ao oncologista: Parte 42
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Eu estava empolgada para conhecer o meu oncologista, saber se ele era mesmo um bom médico, se era legal, etc. De cara ele me pareceu meio frio, mas um bom médico sim. Perguntou sobre meu histórico familiar de câncer e outras doenças, meus ciclos menstruais, e frisou bastante que eu não poderia em hipótese alguma engravidar durante o tratamento. Ele me disse também que eu nunca mais poderia tomar em hipótese alguma hormônios, nem como anticoncepcionais nem reposição hormonal, pois era provável que o meu tumor se alimentasse de hormônios. Eu tinha levado vários exames, os quais a minha mastologista solicitou para agilizar meu tratamento. Faltava apenas o exame de receptor hormonal (imunoistoquímico) da peça retirada da cirurgia, então o médico pediu que eu fosse ao hospital do câncer com um pedido dele para tentar antecipar o resultado.

“Houston, we have a problem – “Houston, nós temos um problema” – No filme Apollo

O médico disse que durante o tratamento eu iria parar de menstruar e em seguida ele me deu a pior notícia desde que minha mama começou a sangrar: que depois do término do tratamento havia a possibilidade de que eu não voltasse a menstruar mais, porque a quimioterapia poderia destruir uma parte importante dos meus ovários. Sendo assim, eu não poderia mais engravidar. Nesse momento eu me revoltei, porque o meu maior sonho é ter um filho. Meus primeiros pensamentos foram: “Não! Isso não está acontecendo! Agora a vida pegou pesado comigo. Passou dos limites! Agora eu estou com raiva de verdade. Isso eu não vou aguentar, Senhor. Por favor, isso não. Já não foi suficiente? Por que? Por que? Por que?”. Senti meu rosto quente de raiva. Senti os olhos se encherem de lágrimas. Eu senti muita raiva. E, que Deus me perdoe, mas eu senti raiva de Deus por permitir que eu corresse esse risco. Durante todo o tratamento esse foi o único momento que eu fraquejei. Esse foi o momento mais difícil de superar, de aceitar, de confiar em Deus.
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Próxima Postagem: Parte 44 

Um comentário:

  1. olá. conheci seu blog hj. Olha, minha irma com 20 anos passou pelo mesmo problmea que vc. O médico nos orientou que a quimio poderia deixar ela infertil, e por isso ela fez um tratamento para congelar seus óvulos. Saiu caro, por volta de uns 15 mil reais, mas é uma loteria, e vc não pode arriscar seu sonho de ser mãe. Pense nisso, converse com sua família e seu médico. To na torcida por vc. Bjos

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